segunda-feira, 20 de junho de 2011

Frustrações Engolidas




Poderia talvez nunca mais escrever nada

Com uma vida vazia e tediosa

Um coração fechado para quem tanto acreditei

E desacreditado das chances de ter uma chance.

Como poderia escrever algo, se o coração está em coma?

A mente está ponderando um massacre ás emoções

Conduzindo-me a um certo processo duvidoso

Onde meu orgulho ferido faz um olhar desamparado ser apenas um olhar qualquer

Onde tudo que eu sempre achei bonito de dizer fosse tão ridículo e vazio

Onde um sim é um não e uns resmungos acompanham minha incoerência, me fazendo ver e ouvir o que eu não quero

Poderia ter um poço de infinita inspiração

E tudo o que nos ronda é inspirador

Porém, com a falta de inspiração, tudo o que nos ronda faz tropeçar ou reclama do esbarrão acidental.

Poderia acreditar em novas possibilidades de ter o que tanto busco.

Porém, não sou buscado.

Poderia não me importar com mais nada, nem ninguém.

Mas acabo de mostrar nesse poema que também sei dar o braço a torcer.

E que não consigo fugir de mim mesmo, deixando as frustrações engolidas falarem mais alto.

Encantando não sei como e porque até mesmo as pessoas que desperto nojo e ojeriza...

Talvez porque sofrer seja bonito, embora ninguém goste

Mas com certeza consideram a felicidade algo ridículo.

E são tão Felizes!

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